Engenharia Agrícola
São as técnicas e os conhecimentos empregados no gerenciamento de processos agropecuários. O engenheiro agrícola é responsável por projetar, implantar e administrar
técnicas e equipamentos necessários à produção agrícola. Planeja métodos de armazenagem e constrói silos, armazéns e estufas. Leva ao campo soluções inovadoras e eficazes para melhorar a produção, sem se descuidar do desenvolvimento sustentado da agricultura. Propõe a adoção de medidas que impeçam a erosão e o esgotamento do solo e a poluição de mananciais. Constrói açudes, barragens, sistemas de irrigação e de drenagem. Trabalha no projeto de máquinas e equipamentos agrícolas e se ocupa da mecanização agrícola e da eletrificação rural. Há boas oportunidades nos setores agropecuário e agroindustrial, para trabalhar em pesquisa, geração e desenvolvimento de sistemas de produção e seus componentes tecnológicos. Atua em todas as etapas do agronegócio, do planejamento da produção à comercialização do produto.
Mercado de trabalho
O Brasil é tradicionalmente um dos maiores produtores de alimentos do mundo. E as perspectivas para o futuro são extremamente favoráveis: estudo divulgado neste ano pelo Ministério da Agricultura, em parceria com a Embrapa, mostra que nos próximos anos o país deve se tornar o maior fornecedor mundial de alimentos. O mercado está bastante aquecido para trabalhar com preparo do solo e irrigação no norte de Minas Gerais, no interior de São Paulo e no Nordeste. O engenheiro também encontra vagas em indústrias de máquinas e equipamentos agrícolas, onde trabalha no desenvolvimento de produtos, em vendas ou assistência técnica. Outro mercado que continua em alta é o de pós-colheita. Os produtores de soja, café, açúcar, tabaco e frutas buscam o especialista com o objetivo de reduzir as perdas. Cresce a procura pelo profissional no setor sucroalcooleiro – mas a oferta de vagas acompanha a variação do preço da cana – e no de biodiesel, biomassa e outras fontes alternativas, como energia eólica. Na área ambiental, aumenta a demanda para a avaliação de impactos ambientais, tratamento e disposição de efluentes oriundos da atividade agrícola. Na pecuária, o engenheiro agrícola desenvolve equipamentos (por exemplo, para ordenha) e projetos de ambiência animal, determinando as instalações adequadas. As vagas concentram-se na iniciativa privada e são mais numerosas nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, nas áreas irrigadas do Nordeste, como Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), e no norte de Minas Gerais. Em cooperativas agroindustriais, as melhores chances estão no Paraná.
Salário inicial: R$ 3.270,00 (6 horas diárias); Fonte: CONFEA.
O Curso
Nos dois primeiros anos, o aluno recebe sólida formação básica em Ciências Exatas (cálculo, física e química), do solo (geologia e pedologia, que é o estudo dos solos) e da computação (programação e uso de softwares da área da engenharia, como Autocad e Matlab). A partir do terceiro ano, o curso aborda aspectos tecnológicos que darão suporte à criação de projetos e sistemas de produção, tais como técnicas de planejamento e administração, sistemas de produção animal e vegetal, pós-colheita, irrigação e drenagem, mecanização agrícola, automação e controle. O currículo possui forte característica ambiental, principalmente no que tange ao uso adequado dos recursos hídricos e do solo, atuando na conservação da qualidade da água e do solo, bem como no manejo e tratamento de resíduos líquidos e sólidos causados pelos processos agrícolas. São obrigatórios o estágio supervisionado e o trabalho de conclusão de curso.
Duração média: cinco anos.
Em quais frentes o profissional pode atuar
Construção rural: Projetar e construir estufas, silos, estábulos e outros alojamentos para animais, mantendo as condições ideais de climatização dos ambientes.
Eletrificação rural: Instalar em propriedades rurais fontes de energia hidráulica, elétrica, solar ou geradas por biogás.
Engenharia de águas e solos: Construir açudes, barragens e sistemas de irrigação e drenagem. Combater a erosão e pesquisar técnicas de conservação do ambiente.
Extensão rural e difusão de tecnologia: Orientar produtores rurais sobre tecnologias e conhecimentos de produção segundo a capacidade produtiva da propriedade.
Mecanização agrícola: Projetar e construir equipamentos mecânicos, bem como otimizar sistemas mecanizados para todas as etapas da produção agropecuária e agroindustrial.
Planejamento agropecuário: Organizar e gerenciar negócios agropecuários. Fazer previsão de safras e propor métodos para gestão dos recursos naturais.
Saneamento rural: Projetar estações de tratamento de esgoto, instalações de dejetos agrícolas, fossas e sistemas de água residuária.
Tecnologia pós-colheita: Determinar a embalagem, o armazenamento, o transporte e o beneficiamento das safras.
As melhores escolas (segundo o Guia do Estudante)
4 estrelas: MG Lavras Ufla. Viçosa UFV Eng. Agrícola e Amb. PB Campina Grande UFCG. PR Cascavel Unioeste. RS Capão do Leão UFPel. Santa Cruz do Sul Unisc. SP Campinas Unicamp.
3 estrelas: BA Juazeiro Univasf-BA Eng. Agrícola e Amb. GO Anápolis UEG. PE Recife UFRPE Eng. Agrícola e Amb.. PR Cidade Gaúcha UEM. RJ Niterói UFF Eng. Agrícola e Amb.. Seropédica UFRRJ Eng. Agrícola e Amb..
Referências: Guia do Estudante; CONFEA.
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